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31 de dezembro de 2009

Faço o possível para não depender de datas, para não contar o tempo e fazer tudo de forma premeditada, de nada vale mensurá-lo acreditando que "tudo poderá mudar", os dias são iguais, o mundo permanece o mesmo.
De qualquer forma, enquanto estou aqui a escrever muitos estão por aí com sorrisos estampados em suas faces, escolhendo a cor de suas roupas, assistindo a programas de TV, fogos de artifício, missas, cultos, seitas, estão fazendo promessas ou pedidos...
Pessoas que passam todo o ano sem lembrar de suas famílias e amigos resolvem dar sinal de vida e desejar felicitações para o próximo ano, que a propósito, passarão distantes novamente.
Há muito estou farta...

Se pudesse colocar numa balança tudo o que vivi em 2009 as decepções iriam prevalecer, foi um ano árduo, difícil, tempestuoso. Contudo, foi um ano de aprendizado, sei lidar com mais situações e pessoas, diria até que ver através de suas mentiras e falsas intenções. Conheci mais quem sou e o quanto posso enfrentar.

Pessoas entraram em minha vida, outras se afastaram, há até aquelas que reapareceram...
Tive muitos sentimentos, alguns "surreais".
Tenho muitos desejos e espero dia após dia para que eles se tornem reais, logicamente que muitos desapareceram, se perderam em meio a tanto descontentamento.


Houveram momentos em que tudo o que quis foi sumir, esquecer da minha existência.
Hoje, se encontram despedaçados os motivos que me levaram a tais vontades.
Também a "felicidade" se desfez, ela nunca foi constante.



Encerro esse post com a esperança em mim ainda vivente de que o destino guarda minha felicidade...
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And then Goodbye...

23 de dezembro de 2009

Por todo o tempo que perdemos, por todas as oportunidades deixadas para trás,
Por todas as vezes que deixei que fosse embora e assim também o fez,
Por todas as vezes que sem saber machuquei,
Pelas lembranças de tão pequenas coisas...
Pelas idealizações de tudo o que jamais foi alcançado,
Por tudo o que foi dito e não se realizou,
Por todo o arrependimento, por todas as mágoas...
Pelas lágrimas, pelas noites mal dormidas,
Pelas vezes que desejei sua companhia, mesmo que tão distante...


Se eu tivesse ao menos a chance de mostrar o quanto sinto,
Se pudesse demonstrar o tamanho dos meus sentimentos...

Não acredito que tenhamos perdido tempo, o tempo se faz e ele está agindo nesse instante...
Não posso deixar que ocorra sua partida sem que ao menos tenha estado aqui...
Não posso deixar que esqueça de algo que nunca foi feito e que chegou tão perto,
Tão perto que ousaria dizer que muito além do que já imaginado...

Não sei se eu estava perdida ou morta...
Só sei que de alguma forma (re)encontrei a única coisa que fez com que eu me sentisse feliz e completa...
É como se eu soubesse tudo o que você é...

Por cada palavra,
Cada lembrança...


Se eu tivesse ao menos a chance de mostrar o meu Amor...



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Alone

8 de dezembro de 2009

Há momentos em que eu não quero mais sentir, nem querer...
Que desejo não ter mais nada que possa fazer de mim flexível ou incoerente.
Há momentos em que não quero possuir nenhum sentimento que possa me tornar fraca ou até mesmo suscetível...
Em que quero permanecer assim como sou agora, impassível, indecifrável.


Em contraposição, penso que se agir sempre com a razão não estarei vivendo e sim limitando minhas atitudes antes mesmo de tomá-las.
Tento me descobrir novamente, descobrir quem sou, o que quero, o que tenho que fazer.
Tento reencontrar parte de mim que há muito ficou para trás,
Preciso acreditar que posso tentar, que posso confiar, que posso amar.

Já perdi as contas de quantas vezes perdi as esperanças, de quantas vezes jurei para mim mesma não me prender, não me submeter.
Foram muitas as quedas e vez após vez eu estive lá...sozinha...
Não lembro de quando me senti inteiramente feliz, nem como é a sensação de estar completo, simplesmente não lembro.
Numa conversa falávamos sobre arrependimentos, eu me arrependo de muita coisa, mais do que duas atitudes que hoje não aprovo, mais do que possa expressar ou assumir.

Será que a cura para tudo está no tempo?
Ainda sinto o vazio...

Preciso aprender a viver novamente...
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Fragmentos

10 de novembro de 2009

Estou em pedaços, já não sei o que dizer porque nada do que se passa em minha mente nesse momento é capaz de formular um pensamento, nada é concreto.
Cada pedaço do que sou quer algo diferente, uma parte de mim quer saber o que está acontecendo, ou melhor, o que aconteceu, outra superar, uma parte queria fugir para algum lugar onde eu pudesse começar minha vida novamente e, por fim, outra gostaria de dormir, dormir pra sempre tendo esse mesmo sonho.
Sempre que me sinto desta forma costumo ter inspiração para escrever mas há alguns dias que não sei o que é isso, tudo é vazio, incerto, tudo o que tenho e sou são fragmentos de vontades, conversas, semelhanças, fragmento de um curto espaço de tempo.
Mas agora o que posso fazer? Lamentar?
Talvez aguardar, será minha vez?
Não sei, será que devo deixar pra trás tudo o que penso e sinto e desejar não sentir nada, talvez eu deva enterrar a mim mesma...

Nada mais importa, não quero mais tentar, me resumo a lembranças...não mereço nada...sempre soube que não merecia...
O tempo está passando, ele corre perante meus dias monótonos e sem vida, ainda assim aguardo por um sinal de que esta espera não será feita em vão, de qualquer forma é a única coisa que tenho certeza agora, devo esperar...
Sonho com as belas palavras...
Tenho buscado conforto em qualquer coisa, ainda me lembro de conversas, planos, supostos risos, desabafos, era nítido e simples, perfeito...
Imagino vozes e olhares...a cada momento a distância se torna mais evidente...
Será que tudo o que vivi e vivo não se trata apenas de um sonho? Uma idealização distante?
Começo a crer que desconheço o significado e a profundidade de certas palavras.
E agora? Tudo serviu para eu descobrir como sou infeliz...
No fim, parece que não tenho o direito de nada aqui, não tenho o direito de querer, sou o silêncio, o deixado de lado...

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Medo?

25 de outubro de 2009


Medo: sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente.

Consigo definir o medo por diversos ângulos, causado por muitos motivos:

- Existe o medo daquilo que nunca fizemos, mais precisamente um receio, acreditamos que aquilo pode nos causar algum mal e desenvolvemos a incapacidade, ou a falta de confiança em nós mesmos para que não tenhamos interesse em nos arriscarmos;
- Há o medo adquirido, ouvimos e transformamos numa crença o que nos falam, criamos aversão ao que nem conhecemos;

O meu?
-É o medo por trauma, você possui tantas tristezas e rancores acumulados que não cogita mais a hipótese de que algo bom possa lhe acontecer.

Talvez o medo seja apenas mais um meio que inventamos para nos camuflar, é mais fácil dizer que temos medo do que irmos em frente e colocarmos tudo a perder.
Hoje o vejo como o "impossível", se não sabemos que aquilo é de fato impossível iremos tentar fazê-lo, se não temos medo de algo, persistiremos.

No fim, acaba que você se enxerga em meio a duas opções, pode se trancar no seu mundo ou pode esquecer o que já passou e principalmente o que considerava ter medo.
Em algum momento ele se vai, pode ser quando nos machucamos e vemos que tudo passa, talvez quando tomamos as decisões e decidimos arcar com as consequências, perdemos algo e descobrimos o que é ganhar algo novo, lamentamos e vemos que nada mais nos resta senão melhorar pois já sofremos o suficiente, abstraímos o que nos machuca e nos damos conta de nossa força, ou ainda quando você tem alguém do seu lado com os mesmos medos e que está disposto a tudo.
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Palavras vãs...

17 de outubro de 2009

Eu tenho muitas palavras para dizer, talvez eu não saiba a hora certa, talvez já tenha passado ou eu nunca tivesse que tê-las algum dia mencionado...

Preciso desculpar, esquecer, confrontrar e talvez amar.

Não sou hipócrita ao ponto de dizer para alguém que desculpo-o sendo que ainda guardo mágoas, não posso dizer que me esqueci de algo se mesmo hoje ainda posso sofrer suas consequências. Sei que talvez me fizesse bem não guardar rancores mas na maior parte das vezes não faço o que falo ou o que acredito ser correto.
Quantas vinganças já não planejamos e nos delicíamos ao imaginar suas realizações?!


Todos temos receios e arrependimentos guardados, eu sou apenas mais um número.
Pra tudo há um tempo estimado e as vezes, nos surpreendendo, há coisas que permanecem intactas.
Carrego sentimentos dos quais não me orgulho mas ainda assim não quero me desfazer, talvez eu deva dizer que aguardo pelo momento em que tenha a segunda chance de colocá-los em prática e dessa forma vivê-los.


Palavras vãs e sem sentido,
Simplesmente palavras...
Qualquer um pode dizê-las...
Tolas, medíocres, infames.
Minha verdade?


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O Tempo

2 de outubro de 2009

Tenho notado que estou filosofando muito ultimamente...pois bem...

É incrível como o tempo vem e muda nossas vidas, as vezes nem percebemos ele agindo e quando nos damos conta...lá está...
Ele pode mostrar e ocultar sentimentos, pode mudar nossos caminhos, levar e trazer pessoas, pode nos mostrar os erros, pode nos transformar em pessoas felizes, conformadas, revoltadas ou maníaco-depressivas, que é o meu caso.
Sou bipolar, tenho um péssimo humor, chata, tenho uma cara tão amarrada que só vendo, sou crítica, detalhista, inconstante, amarga, compulsiva...tenho muitos adjetivos, e são todos teoricamente ruins, já fui diferente, BEM diferente, não conhecia muitas das injustiças do "mundo", não sabia lidar com pessoas, aliás, não precisava lidar com pessoas, não tinha responsabilidades, tinha uma vida simples ( ainda tenho ) e cercada por poucos, o principal, não havia visto sonhos desaparecerem tão facilmente, sinto falta.
Hoje sei ter aprendido muito, mas ainda assim me sinto vazia.
Penso se depois de tanto tempo me reconheceria, talvez de início enxergasse as mudanças mais óbvias mas depois logo seriam os defeitos, as imperfeições, a falta de vontade, ou melhor dizendo, a vontade de nada...também tenho uma vida, mas todos os dias gostaria de sumir, fugir para algum lugar onde não houvesse nada e nem ninguém...


Hoje estou me sentindo feliz mas amanhã posso não estar, o que me faz as vezes não querer estar bem.


Tenho que dormir, dormir para o dia que se iniciará, não quero dormir, não quero acordar, ou talvez queira, mas somente para "algumas poucas palavras".

.....

É tarde?
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Até que ponto?

28 de setembro de 2009

Até que ponto podemos considerar que somos felizes?
A felicidade é relativa, você possui seus objetivos, quando os realiza está no êxtase da satisfação mas e se suas expectativas não forem correspondidas? E depois? Qual será a próxima meta?
Por muitas vezes estive próxima de realizações, muitas delas se foram, não se concretizaram ou simplesmente aos poucos ficaram vagas, já não tenho entusiasmo para muito, sou pessimista o suficiente para desistir antes de começar.
Devo acreditar que a felicidade se constrói e nela se deve trabalhar a cada dia, mas não tenho mais vigor, é fato!
Estou repleta de tédio, diria que incrédula, sem vontade de acordar e nem de ter essa maldita rotina.


Me perdi no tempo e não sei quem sou...

Muitos me vêem mas poucos sabem me ver...

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Nada é real

20 de setembro de 2009


Eu? Qual seria o porquê de tanto sentimentalismo? Acredito ter nascido na época errada, e não sou a única. Quem já não se imaginou lutando por Verdadeiros ideais, desafiando reis, conquistando terras, amando e atravessando oceanos em busca desse amor?

Não gosto de romances modernos, aliás, não gosto muito da modernidade, lógico que em alguns aspectos, mas na maior parte deles.
Gosto de sofrer, de distâncias e cartas, de declarações.
Gosto de olhares, de timidez, do que é puro e sincero.
Gosto até mesmo da beleza de um amor platônico.

Quem já não leu e se emocionou? Quem já não quis morrer de amores?

Quantos amores não foram perdidos? Reprimidos? Quantos compromissos foram mais importantes e eles motivos do renunciar?
Em contraposição, o que fazia com que houvesse sempre a presença da certeza? Ou será mais uma vez a modernidade? E por conta desta, as atitudes são impulsivas e as declarações incertas, tudo é uma passagem e um "se", podendo sempre haver um fim?

De certo que tudo é fácil, tudo é possível e nada é real.
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7 de setembro de 2009


Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!

Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!... já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!

O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade,

Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!


Álvares de Azevedo
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Save me

1 de setembro de 2009


Eu queria acreditar em tudo o que é bom, tudo o que tem final feliz, tudo o que é puro mas já não posso ir contra o que me tornei. Tudo que foi bom teve fim, o que foi impulso teve consequências, o que foi dito foi esquecido e o que senti de nada valeu.

...

Por onde vou sempre me vejo só, possuo um vazio que nunca é preenchido, que nunca pude controlar, talvez seja o vazio deixado por minhas ilusões desmoronadas, talvez seja pelas perdas, talvez seja o vazio do que ainda não fiz, de tudo o que imaginei e quis por muito tempo e que ao chegar próximo de sua realização novamente se distanciou, talvez seja um simples vazio...
...

Não tenho sentimentos, nem bons, nem ruins, ando sem face,
Tive e tenho objetivos porém nada parece fazer sentido.

...

Nada tenho senão um corpo com feridas,
Uma mente doentia e falha,
Um coração solitário e irracional, um coração partido.

Nem escrever que já foi uma diversão se torna prazeroso.
Quero esquecer de mim ...
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Inexistente

29 de julho de 2009


Desisto da bondade e da vontade de acreditar,
Deixo para trás tudo o que foi e o que feriu,
Abandono mágoas, mesmo as que apodreceram em seu confinamento.

Esqueço as criações que em tempos passados minha mente entorpecida afundava-se tentando provar um segundo mais da beleza que não existia,
Aprisionando seus desejos e medos no calor de um corpo que já jazia.

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Ensurdecedor

28 de julho de 2009

Correm as horas e as lembranças...
Ficou para trás a felicidade e a ingenuidade,
Tudo o que sobrou é oco, vazio e mudo...

Repulsam as esperanças,
Apagam-se os vestígios do que já viveu e o que resta é a falta, a necessidade do que jamais foi palpável...

Nada é completo, nada é Luz,
Tudo o que se vê é o descontentamento e o desprezo pelo hoje.

Deparam-se palavras, olhares, atos, tudo o que não existiu e toda a sua incrédula aparição.

Não há nada senão o som inimaginável de almas perdidas e desoladas frente ao desespero da solidão e sua sufocante incompreensão...





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Despedida

3 de julho de 2009


Existem inúmeras formas e motivos para se haver uma despedida, pode ser de uma vida, de modos, costumes, pessoas, desejos não realizados...

Como é triste e desprezível a dor de se afirmar incapaz e falho.

...

A despedida dilacera-nos a alma,
não tchau ou até mais, eu digo adeus,
pela última vez por carta que ficara guardada
eternamente em letras no papel debaixo da cama.


Não chorar é impossível pois resta-nos lembranças
de tempos bons, de sorrisos, inocência e descobertas,
nos resta aceitar calados esta cruel lei que nos rege,
nos resta lembrar e somente lembrar, sorrir e somente sorrir.

As idéias se confundem com a dor de ter que sentir,
a dor de saber que acabou, a dor de chorar por saber
que o eterno é um sonho bonito com ponto final.


Agradeço por todos momentos, sorrisos e lágrimas,
por ter feito homem um garoto problema,
a vida acaba assim.... como o fim de um poema.



Robson Beecudo ( coloniabazalam.blogspot.com )
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O Órgão

8 de junho de 2009

Um largo e lento vento dormente

taciturnas lágrimas sonâmbulas, sinfônicas

um esquecimento amargo

uma sombria clausura de almas

suspirando e gemendo solitárias harmonias

Vago luar de esquecimento e prece,
dessa melancolia que anda errando
no mar e nas estrelas ondulando,
pela minh'alma etereamente desce.

Na minh'alma, dos Sonhos anoitece
o Sentimento que ando transformando
em hóstia de ouro

Sombra e silêncio.


Cruz e Sousa
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Falsa esperança

25 de maio de 2009

Passa o tempo e enquanto isso permaneço a aguardar, penso se vale realmente a pena contar dias, semanas para poder me libertar de um Mal.

Gozaria de maior satisfação agora, me desprendendo dessa vida, largando a tristeza com um amável impulso, ou esperando pelo momento oportuno, esse que chegaria após inestimável destruição e exaustão?

Passamos todos os anos contando pequenas frações de tempo e quando chega a um determinado ponto achamos que tudo mudará, que nossas vidas vão melhorar, como posso nomear: ilusão ou falsa esperança?

Enfim, ainda com dúvida.




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Dias, mais dias...

23 de maio de 2009

Nesses últimos dias estou repleta de cansaço, exausta da vida.

Quero fugir! Desaparecer!

Se tornaram não menos que tediosos meus caminhos e os lugares frequentados.

Admiro, observo o tempo na esperança de que corra, mas logo se inicia novamente a rotina e retomo os insuportáveis e inevitáveis rumos.
Há até mesmo rostos, vozes, presenças que não posso tolerar.
Estou farta de faces que se dizem amigas, de ouvir vozes com "palavras-ajuda", de sentir presenças forçadas.

Minhas vontades ficaram para trás, meu humor inigualavelmente tedioso, conversas são mal desejadas, me relacionar então se tornou quase um sacrifício.
Odeio tudo e não aguento ninguém tentando dar lição de moral, doce hipocresia, todos têm raiva e eu apenas demonstro sem medo algum.

Tudo o que almejo é sumir e poder ficar só, o que é contraditório visto que desejo também boas companhias.
...

Sou contraditória, confusa, estranha, um paradoxo, errante, a melhor definição: louca, não me julgo nem aceito que me julguem. Uma tempestade de nervos!





"Cada um de nós é a bússola sem norte.
Sempre o presente pior do que o passado.
Cantem outros a vida: eu canto a morte..."



Alphonsos de Guimaraes

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Tentando sobreviver

17 de maio de 2009

Há passados meses me vi encurralada, enlaçada a uma vida fechada e por um deslize deixei que se aproximassem, com que entrassem nesta, talvez minha antiga ingenuidade tenha sido maior do que o sentimento demonstrado e além dela, a idealização da reciprocidade possa ter feito com que minha queda fosse pior, o que me torna neste momento desanimada, abatida, decadente e incrédula em qualquer coisa que possa ocorrer.
Não sei se posso/devo acreditar, me sinto boba demais para isso, será que tudo o que se passou já não foi o suficiente para que eu pudesse me prevenir de futuras mágoas? Aí é que está, mesmo sabendo, tendo total consciência, meus sentidos não se importam com o abatimento, meus instintos querem ir em frente, sem sensatez aproveitar o que puder e depois quebrar a cara, perder a passividade. Já não sei nem a quem ouvir e muito menos a quem falar, aliás, prefiro não falar, ter a discrição.

É difícil de controlar, conter a desconfiança, a aspereza.
E é com esta severidade que vivo dia após dia, ainda me conhecendo e superando algumas características psicológicas.

Estou tentando seguir a quatro itens, ou melhor, Quatro Compromissos:

ser impecável com minha palavra. Por meio da palavra é possível materializar ou destruir, é uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo se pode gerar a liberdade ou a escravidão. Tento não culpar e usá-la na direção da verdade e não ligada ao veneno emocional;

não levar nada para o lado pessoal. Levar para o lado pessoal é assumir que você concorda, é puro egocentrismo, nada do que os outros fazem é motivado por nós e sim por eles mesmos. Penso da seguinte forma, se alguém está bravo comigo, sei que está lidando consigo mesmo, sou a desculpa para a irritação, a expressão do medo, até porque sem ele não há motivo para sentir ansiedade, ciúme ou inveja;

não tirar conclusões. Temos a tendência de tirar conclusões sobre tudo. Mas o erro é que fazendo isso estamos interpretando segundo nossa ótica. Fazer presunções é pedir problemas, não podemos achar que todos têm a mesma crença. Ficamos com medo de pedir esclarecimentos, tiramos conclusões, acreditamos estar certos, depois as defendemos e tentamos tornar a outra pessoa errada. Também serve para quando esperamos demais do próximo, esperamos que os outros estejam dispostos a fazer o mesmo que nós, o que significa que você pode fazer algo grandioso por alguém mas nem por isso haja a disposição do outro para fazer algo semelhante;

dar sempre o melhor de mim. Seria colocar em prática os outros três.

Não criar expectativas foi o meio que arrumei para não me decepcionar.


Pois bem, estou vivendo...


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Tristeza do Infinito

14 de maio de 2009


Anda em mim, soturnamente,
uma tristeza ociosa,
sem objetivo, latente,
vaga, indecisa, medrosa.

Como ave torva e sem rumo,
ondula, vagueia, oscila
e sobe em nuvens de fumo
e na minh'alma se asila.

Uma tristeza que eu, mudo,
fico nela meditando
e meditando, por tudo
e em toda a parte sonhando.

Tristeza de não sei donde,
de não sei quando nem como...
flor mortal, que dentro esconde
sementes de um mago pomo.

Dessas tristezas incertas,
esparsas, indefinidas...
como almas vagas, desertas
no rumo eterno das vidas.

Tristeza sem causa forte,
diversa de outras tristezas,
nem da vida nem da morte
gerada nas correntezas...

Tristeza de outros espaços,
de outros céus, de outras esferas,
de outros límpidos abraços,
de outras castas primaveras.

Dessas tristezas que vagam
com volúpias tão sombrias
que as nossas almas alagam
de estranhas melancolias.

Dessas tristezas sem fundo,
sem origens prolongadas,
sem saudades deste mundo,
sem noites, sem alvoradas.

Que principiam no sonho
e acabam na Realidade,
através do mar tristonho
desta absurda Imensidade.

Certa tristeza indizível,
abstrata, como se fosse
a grande alma do Sensível
magoada, mística, doce.

Ah! tristeza imponderável,
abismo, mistério, aflito,
torturante, formidável...
ah! tristeza do Infinito!


Cruz e Sousa

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Eu te amo como...

4 de maio de 2009


Eu te amo como se ama a abóbada noturna,
Ó taça de tristeza, ó grande taciturna,
E mais ainda te adoro quando mais te ausentas
E quanto mais pareces, no ermo que ornamentas,
Multiplicar irônica as celestes léguas
Que me separam das imensidões sem tréguas.
Ao assalto me lanço e agito-me na liça,
Como um coro de vermes junto a uma carniça,
E adoro, ó fera desumana e pertinaz,
Até essa algidez que mais bela te faz!



Baudelaire
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Simples e só!

30 de abril de 2009


A verdade, é que eu gostaria de escrever nesse momento qualquer texto ou poesia que fizesse com que sentisse-me melhor, porém, o único tema e sentido que condiz é a decepção, o desengano.

E o que poderia nomear como decepção? O insucesso da esperança, a desilusão, é você ter sonhos e por qualquer motivo alheio a sua vontade, eles sutilmente perderem-se, enfraquecerem diante das atitudes e circunstâncias que os cercam.
Decepção é você torturar-se por suas próprias vontades, elas distorcidas pela tristeza e dor que florescem perante toda a ilusão que cria-se, a idealização de sua mente que é fatal ou propositalmente ignorada.
Estar decepcionada é ter apenas e tão simplesmente uma revolta de anseios inatingíveis numa luta interminável dentro de si para que algum deles consiga sobressair-se, porém tendo ao mesmo tempo, a consciência de que todos caminham mórbidos em uma estrada que vai além da compreensão, que cairão no esquecimento e abatimento da alma de seu possuidor.
Por fim, estar decepcionada á não ter inspiração, não ter vontade de sorrir ou de falar, é fugir do mundo e abrigar-se num olhar distante e vago, vazio e negro, tenso e admiravelmente belo dentro de sua transparência e ao mesmo tempo do seu mistério.

É se ver sozinho.


Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alva
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alteava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.



Allan Poe
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Johann von Goethe

26 de abril de 2009

Aos Leitores Amigos

Poetas não podem calar-se,
Querem às turbas mostrar-se.
Há de haver louvores, censuras!
Quem vai confessar-se em prosa?
Mas abrimo-nos sob rosa
No calmo bosque das musas.

Quanto errei, quanto vivi,
Quanto aspirei e sofri,
Só flores num ramo — aí estão;
E a velhice e a juventude,
E o erro e a virtude
Ficam bem numa canção.


Johann von Goethe
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Scarlet Rose

24 de abril de 2009

Há muito tempo julgava-me resistente, forte, confiável, a mim mesma leal, alguém que sabe o que quer, mas há momentos em nossa vida que nos deparamos com o nosso lado esquecido, ou melhor dizendo, protegido. E são nesses momentos que percebemos o quanto temos a aprender, enxergamos como somos pequenos, frágeis, superficiais, como estamos perdidos, nos damos conta de que somos tão suscetíveis, tão pouco...

Questiono-me então: Ser forte é ter medo de encarar o passado? Receio de lembranças?
Não! É ter coragem de assumir ser quem você é, ter consciência de que toda a sua vida foi e é um processo pelo qual você teve e tem que passar, que você não estaria exatamente onde está caso não tivesse vivido o seu "passado", suas lembranças, sua história.
Talvez seja uma definição e/ou pensamento ingênuo, contudo, de inigualável dificuldade para que este que o escreve consiga torná-lo prático e contínuo...
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Cruz e Souza

19 de abril de 2009

Cárcere de almas


Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!



Cruz e Souza

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Álvares de Azevedo

10 de abril de 2009

Meu Sonho

Eu
Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sangüenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?

Cavaleiro, quem és? o remorso?
Do corcel te debruças no dorso.
E galopas do vale através.
Oh! da estrada acordando as poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?

Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?.
Tu escutas. Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?

Cavaleiro, quem és? - que mistério,
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?

O Fantasma
Sou o sonho da tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há de matar!.


Álvares de Azevedo
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Decipher

Qual seria a definição, a tradução perfeita para o sentimento que neste abriga-se?

Talvez dizer que foi ele o dono do despencar, que tornou-me dependente e frágil? Fez com que a beleza da vida parecesse tão distante que a luz ainda em meus olhos não pudesse vê-la?

Prefiro acreditar em sua grandiosidade, que nenhum outro poderia superá-lo, jamais outro sentido faria dele pequeno, o consolaria ou instigaria sua inibição. Tamanha é a beleza deste, que fico a refletir em sua presença percebendo que sem ele nenhum outro seria completo. É tão puro que ao estar em meu corpo ao menos consigo disfarçá-lo, é notável e de todos rouba a atenção, é único e fingir não possuí-lo ou tentar conter sua ação seria mais do que irrealizável.

Está agindo a cada segundo, seja nas palavras, nos movimentos, seja no olhar. Nem mesmo a sombra ousaria encobrí-lo.
Invade em meio ao mistério, é perverso e inerente, ele inflama, fere, destrói, castiga, envenena, dilacera, mata, apaixona, vicia...

Qual outro seria pleno sem a existência deste e sua anterior virilidade?

Existiria o total gozo sem antes conhecer o gosto amargo da derrota?

Poderia-se desfrutar o prazer antes da tristeza?
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First

5 de abril de 2009

De início, pretendo não causar mais do que o impacto da vertigem.
Sem definições estilísticas e éticas para meus conceitos, irei incitar dúvidas e descontentamento, o interesse em mudar mais do que aguardar, a inquietude, o desespero em assumir o presente intacto que são nossas vontades e valores.
Causar transtorno e desentendimento deste que digo ser um poço de desabafos.
Falar do que não conheço como se tivesse total entendimento, fazer com que acreditem em minhas palavras, persuadir...

Desconheço se haverão leitores, seguidores, porém, de certo estarei a contentar-me.
Sem hipocrisia, sem ideologias vãs.

Tão somente escrevo, para que não sinta-me possuidora de um pensamento único, e que este em nenhum momento seja apreendido ou transmitido.
Reflito e espero que em algum tempo esparso seja absolvido, e talvez a partir dele faça-se a dissonância que tanto preenche-me...

Meus desabafos...

Estou cansada da rotina, dos sons, dos carros e fumaças, vozes, gritaria, bagunça, deste tempo, da correria que invade todas as ruas, do trânsito! Me canso só de escrever e relembrar de tamanho ódio e desconforto.
Há momentos em que desejaria não estar presente nesta Cidade, que não houvessem lampejos de minha história, que não fosse automaticamente movida por manias e regras impostas desde minha consciência sagaz.

Estou cansada de mentiras, de agir e tentar confrontar meus medos e nada acontecer, de tentar mudar meu presente, e descobrir que tudo o que faço nada mais é do que um ato ingênuo e sem malícia perante o mundo, como se nada, sozinho ou pequeno, pudesse gerar uma mísera mudança na minha vida...

Como não poderia deixar de dizer, canso-me tão facilmente que além da sociedade, além das pessoas, dos trabalhos, programas, tecnologias, das religiões, além das cores e sorrisos, além de tudo, estou cansada de mim, minhas palavras, minha poesia...

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