E mais uma vez
31 de dezembro de 2010
As vezes quando fala sinto a tristeza ecoando em sua voz, cada palavra em sua total rispidez e indiferença, cada pensamento em sua complexidade e insatisfação.
Há momentos em que se cala, que a solidão e o vazio invadem e tomam posse de tudo o que é, quando isso ocorre, sinto o ar gélido e paralisante entre nossos corpos tornando-os inóspitos, e nossas almas mudas e sem abrigo fogem uma da outra...
Tudo o que existe se perde, o que foi e o que é já não importa, o que houve e o que é futuro, tudo acaba...
Tão simples, tão pequeno, como se nunca houvesse existido, como se nunca tivesse passado de um sonho distante...
Recolho-me e espero que tudo passe, que logo esteja novamente diante de você. Mas hoje, quero que saiba que todas as vezes em que isso aconteceu, nunca voltei a ser a mesma, e que independente de quantas mais houverem, cada uma delas irá tirar um pouco de mim. Já não me tem inteira... pois o que sou se desfez, já não me tem em pensamentos... pois não há sinceridade plena, já não me tem em alma... pois sempre estou a fugir.
Há momentos em que se cala, que a solidão e o vazio invadem e tomam posse de tudo o que é, quando isso ocorre, sinto o ar gélido e paralisante entre nossos corpos tornando-os inóspitos, e nossas almas mudas e sem abrigo fogem uma da outra...
Tudo o que existe se perde, o que foi e o que é já não importa, o que houve e o que é futuro, tudo acaba...
Tão simples, tão pequeno, como se nunca houvesse existido, como se nunca tivesse passado de um sonho distante...
Recolho-me e espero que tudo passe, que logo esteja novamente diante de você. Mas hoje, quero que saiba que todas as vezes em que isso aconteceu, nunca voltei a ser a mesma, e que independente de quantas mais houverem, cada uma delas irá tirar um pouco de mim. Já não me tem inteira... pois o que sou se desfez, já não me tem em pensamentos... pois não há sinceridade plena, já não me tem em alma... pois sempre estou a fugir.
Walls
28 de dezembro de 2010
I turn away
There's nothing to see here
Only a distant memory
Of how things really were
Supposed to be
And life moves on
Ever so quickly
I see my past it flashes by
Like the stars in the sky flickering
And the years come around
Years come around
I'm left here praying
That the tears falling down
Tears falling down
Are worth me saving
And I don't know how to go on
Tear down the walls of your life
You can't stop them anymore
Tear down the walls of your life
And find your way
How long
Can this life carry on?
How long
Watch the walls
Watch them burning down
How long
How long must we run?
I lost my way
When I was younger
I regret lots of things I did
Just maybe I didn't give quite enough
And the years turn around
Years turn around
Their faces fading
And the years going by
Years going by
There's no replacing
And the souls will all carry on
Tear down the walls
There's nothing to see here
Only a distant memory
Of how things really were
Supposed to be
And life moves on
Ever so quickly
I see my past it flashes by
Like the stars in the sky flickering
And the years come around
Years come around
I'm left here praying
That the tears falling down
Tears falling down
Are worth me saving
And I don't know how to go on
Tear down the walls of your life
You can't stop them anymore
Tear down the walls of your life
And find your way
How long
Can this life carry on?
How long
Watch the walls
Watch them burning down
How long
How long must we run?
I lost my way
When I was younger
I regret lots of things I did
Just maybe I didn't give quite enough
And the years turn around
Years turn around
Their faces fading
And the years going by
Years going by
There's no replacing
And the souls will all carry on
Tear down the walls
Circle II Circle
Behind my mask
6 de dezembro de 2010
É engraçado o quanto encontro pessoas que julgam me conhecer sendo que na maior parte do tempo nem eu mesma me conheço.
Muitas vezes fico surpresa com minhas atitudes, meus princípios, minha formas de pensar, as vezes com minha indiferença, outras com minha inquietação perante algo, mas no geral, eu costumo me surpreender.
Normalmente, esteja bem ou mal, não é tão fácil de me decifrar, eu guardo o que sinto, apesar de que ultimamente eu nem me esforço para esconder nada...
Quer saber? Tem algo que gostaria de compartilhar: tenho odiado o mundo há um certo tempo, os preconceitos, julgamentos, conceitos, costumes, as características dessa sociedade de merda em que vivo, eu tenho odiado as atitudes, as palavras que tenho que ouvir, ou ainda, as que "fico sabendo" que foram direcionadas a mim.
Eu convivo com algo e sou obrigada a "menosprezar" isso, me vejo enclausurada, presa a algo que "não posso" colocar para fora, não posso exibir, não posso expor, não posso mostrar, não posso ao menos viver....
Ter que pensar duas, três, mil vezes antes de falar ou fazer qualquer coisa é uma merda!! Não em todos os casos é claro, mas quando você é obrigado, impulsionado a fazer isso.
Enfim, ninguém conhece o que eu não quero que conheçam, ninguém vê o que eu não quero que vejam, ninguém que eu não deixe se aproximar verá quem eu sou.
Agora eu simplesmente me calo e volto meus pensamentos àquilo que só eu sei.
"Aquele que olha de fora através de uma janela aberta não vê nunca tantas coisas quanto aquele que olha uma janela fechada. Não há objeto mais profundo, mais misterioso, mais fecundo, mais tenebroso, mais radiante do que uma janela iluminada por uma candeia. O que se pode ver à luz do sol é sempre menos interessante do que o que se passa por detrás de uma vidraça. Neste buraco negro ou luminoso vive a vida, sonha a vida, sofre a vida".
Muitas vezes fico surpresa com minhas atitudes, meus princípios, minha formas de pensar, as vezes com minha indiferença, outras com minha inquietação perante algo, mas no geral, eu costumo me surpreender.
Normalmente, esteja bem ou mal, não é tão fácil de me decifrar, eu guardo o que sinto, apesar de que ultimamente eu nem me esforço para esconder nada...
Quer saber? Tem algo que gostaria de compartilhar: tenho odiado o mundo há um certo tempo, os preconceitos, julgamentos, conceitos, costumes, as características dessa sociedade de merda em que vivo, eu tenho odiado as atitudes, as palavras que tenho que ouvir, ou ainda, as que "fico sabendo" que foram direcionadas a mim.
Eu convivo com algo e sou obrigada a "menosprezar" isso, me vejo enclausurada, presa a algo que "não posso" colocar para fora, não posso exibir, não posso expor, não posso mostrar, não posso ao menos viver....
Ter que pensar duas, três, mil vezes antes de falar ou fazer qualquer coisa é uma merda!! Não em todos os casos é claro, mas quando você é obrigado, impulsionado a fazer isso.
Enfim, ninguém conhece o que eu não quero que conheçam, ninguém vê o que eu não quero que vejam, ninguém que eu não deixe se aproximar verá quem eu sou.
Agora eu simplesmente me calo e volto meus pensamentos àquilo que só eu sei.
"Aquele que olha de fora através de uma janela aberta não vê nunca tantas coisas quanto aquele que olha uma janela fechada. Não há objeto mais profundo, mais misterioso, mais fecundo, mais tenebroso, mais radiante do que uma janela iluminada por uma candeia. O que se pode ver à luz do sol é sempre menos interessante do que o que se passa por detrás de uma vidraça. Neste buraco negro ou luminoso vive a vida, sonha a vida, sofre a vida".
Baudelaire
Qual é o seu limite?
5 de dezembro de 2010
Até que ponto devemos chegar para saber que está mais do que na hora de darmos um basta em algo ou alguém?
Vale a pena viver a cada instante como se tudo fosse acabar?
Viver com aquela incerteza, viver com a desconfiança, viver com a sensação de que você está vivendo uma ilusão?
Hoje, não tenho certeza do rumo que devo tomar, mas tenho certeza em dizer que estou cansada.
Estive pensando no sentimento que devo levar comigo para todo e qualquer lugar, o sentimento que irá, de certo modo, ajudar-me com relação a escolhas e trajetos.
E quanto mais pensei, mais ficou difícil de encontrá-lo.
Tudo tem sido passageiro, monótono, tenho andado sem perspectiva...
Pergunto a mim: Afinal, o que eu mais quero?
Quero chegar a um status hierárquico profissional?
Quero reencontrar meus sonhos perdidos pelos anos e neles investir?
Quero amar e receber essa retribuição da forma como julgo merecer?
Quero bens? Dinheiro? Felicidade? Paz espiritual?
Eu descobri o que mais quero... quero saber desejar!
Porque com o desejo posso chegar onde quiser, pelo menos teoricamente. Se eu tiver fé em algo, desejar mais do que tudo, acreditar em mim, fizer por onde para chegar até esse lugar, estarei onde almejo, estarei satisfeita.
Posso desejar tudo o que quiser, posso alcançar o que quiser, não há limites para meus pensamentos e vontades. Mas não posso deixar de desejar, porque se isso ocorrer, por mais que eu saiba o que quero, levando-se sempre em consideração que o que quero é passageiro e uma consequência do desejo, nunca alcançarei nada, sempre deixarei de lado o que for de menor importância, o que parecer indiferente.
Enfim, preciso saber o que desejo, mas antes disso, preciso saber desejar, preciso saber como agarrar-me a algo e não deixar que a falta de esperança tome conta dos meus sentidos, e que faça com que eu caia novamente, com que eu abandone... seja lá o que for.
Se eu tiver certeza de que quero você, de que desejo você, tudo valerá a pena, não existirão limites, tudo será possível.
Vale a pena viver a cada instante como se tudo fosse acabar?
Viver com aquela incerteza, viver com a desconfiança, viver com a sensação de que você está vivendo uma ilusão?
Hoje, não tenho certeza do rumo que devo tomar, mas tenho certeza em dizer que estou cansada.
Estive pensando no sentimento que devo levar comigo para todo e qualquer lugar, o sentimento que irá, de certo modo, ajudar-me com relação a escolhas e trajetos.
E quanto mais pensei, mais ficou difícil de encontrá-lo.
Tudo tem sido passageiro, monótono, tenho andado sem perspectiva...
Pergunto a mim: Afinal, o que eu mais quero?
Quero chegar a um status hierárquico profissional?
Quero reencontrar meus sonhos perdidos pelos anos e neles investir?
Quero amar e receber essa retribuição da forma como julgo merecer?
Quero bens? Dinheiro? Felicidade? Paz espiritual?
Eu descobri o que mais quero... quero saber desejar!
Porque com o desejo posso chegar onde quiser, pelo menos teoricamente. Se eu tiver fé em algo, desejar mais do que tudo, acreditar em mim, fizer por onde para chegar até esse lugar, estarei onde almejo, estarei satisfeita.
Posso desejar tudo o que quiser, posso alcançar o que quiser, não há limites para meus pensamentos e vontades. Mas não posso deixar de desejar, porque se isso ocorrer, por mais que eu saiba o que quero, levando-se sempre em consideração que o que quero é passageiro e uma consequência do desejo, nunca alcançarei nada, sempre deixarei de lado o que for de menor importância, o que parecer indiferente.
Enfim, preciso saber o que desejo, mas antes disso, preciso saber desejar, preciso saber como agarrar-me a algo e não deixar que a falta de esperança tome conta dos meus sentidos, e que faça com que eu caia novamente, com que eu abandone... seja lá o que for.
Se eu tiver certeza de que quero você, de que desejo você, tudo valerá a pena, não existirão limites, tudo será possível.
Autor
- Amanda
- São Paulo, SP
- Sem definições precisas, sou contraditória e impulsiva, minimalista e inconstante, um tanto quanto bipolar. Sou dois opostos que repelem-se. Sou só mais alguém...
Embriague-se...
É preciso estar sempre embriagado.
Isso é tudo: é a única questão.
Para não sentir o horrível fardo do tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.
Mas de que?
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.
Mas embriague-se.
E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão:
É hora de embriagar-se!
Para não ser o escravo mártir do tempo, embriague-se;
embriague-se sem parar!
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.
Baudelaire
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