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Tentando sobreviver

17 de maio de 2009

Há passados meses me vi encurralada, enlaçada a uma vida fechada e por um deslize deixei que se aproximassem, com que entrassem nesta, talvez minha antiga ingenuidade tenha sido maior do que o sentimento demonstrado e além dela, a idealização da reciprocidade possa ter feito com que minha queda fosse pior, o que me torna neste momento desanimada, abatida, decadente e incrédula em qualquer coisa que possa ocorrer.
Não sei se posso/devo acreditar, me sinto boba demais para isso, será que tudo o que se passou já não foi o suficiente para que eu pudesse me prevenir de futuras mágoas? Aí é que está, mesmo sabendo, tendo total consciência, meus sentidos não se importam com o abatimento, meus instintos querem ir em frente, sem sensatez aproveitar o que puder e depois quebrar a cara, perder a passividade. Já não sei nem a quem ouvir e muito menos a quem falar, aliás, prefiro não falar, ter a discrição.

É difícil de controlar, conter a desconfiança, a aspereza.
E é com esta severidade que vivo dia após dia, ainda me conhecendo e superando algumas características psicológicas.

Estou tentando seguir a quatro itens, ou melhor, Quatro Compromissos:

ser impecável com minha palavra. Por meio da palavra é possível materializar ou destruir, é uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo se pode gerar a liberdade ou a escravidão. Tento não culpar e usá-la na direção da verdade e não ligada ao veneno emocional;

não levar nada para o lado pessoal. Levar para o lado pessoal é assumir que você concorda, é puro egocentrismo, nada do que os outros fazem é motivado por nós e sim por eles mesmos. Penso da seguinte forma, se alguém está bravo comigo, sei que está lidando consigo mesmo, sou a desculpa para a irritação, a expressão do medo, até porque sem ele não há motivo para sentir ansiedade, ciúme ou inveja;

não tirar conclusões. Temos a tendência de tirar conclusões sobre tudo. Mas o erro é que fazendo isso estamos interpretando segundo nossa ótica. Fazer presunções é pedir problemas, não podemos achar que todos têm a mesma crença. Ficamos com medo de pedir esclarecimentos, tiramos conclusões, acreditamos estar certos, depois as defendemos e tentamos tornar a outra pessoa errada. Também serve para quando esperamos demais do próximo, esperamos que os outros estejam dispostos a fazer o mesmo que nós, o que significa que você pode fazer algo grandioso por alguém mas nem por isso haja a disposição do outro para fazer algo semelhante;

dar sempre o melhor de mim. Seria colocar em prática os outros três.

Não criar expectativas foi o meio que arrumei para não me decepcionar.


Pois bem, estou vivendo...


2 comentários more...

2 comentários

  • Anônimo

    Bravo! Acho que eu não poderia nem nunca diria algo melhor. A cada dia que passo, fico mais e mais espantado com a nossa "congruência" de ótica. rs.
    Bom... Digo algo que tu mesmo me disseste. Não estás sozinha. Embora muitas vezes ficar sozinho é nosso refúgio. Parabéns minha doce amiga!

  • Unknown

    È que eu escrevi uma coisa errada no comentario, kkkkk, eu só queria dizer que a tristeza é um caminho pra evolução, a gente tem que passar por tristezas e decepção, eu não vou dizer o que vc tem que fazer ou que vc esta errada, apenas que um dia vc vai encontrar alguem q vai mostrar que as pessoas podem ser diferentes, q nem todo mundo é ruim, e isso vai acontecer no tempo certo, vc é uma das pessoas mais fascinantes que eu conheço, mais agora eu comecei a entender um pouco mais de vc, e sobre esse episodio, tudo vai acabar bem, como eu sempre digo.

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