Tentando sobreviver
17 de maio de 2009
Não sei se posso/devo acreditar, me sinto boba demais para isso, será que tudo o que se passou já não foi o suficiente para que eu pudesse me prevenir de futuras mágoas? Aí é que está, mesmo sabendo, tendo total consciência, meus sentidos não se importam com o abatimento, meus instintos querem ir em frente, sem sensatez aproveitar o que puder e depois quebrar a cara, perder a passividade. Já não sei nem a quem ouvir e muito menos a quem falar, aliás, prefiro não falar, ter a discrição.
É difícil de controlar, conter a desconfiança, a aspereza.
E é com esta severidade que vivo dia após dia, ainda me conhecendo e superando algumas características psicológicas.
Estou tentando seguir a quatro itens, ou melhor, Quatro Compromissos:
1º ser impecável com minha palavra. Por meio da palavra é possível materializar ou destruir, é uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo se pode gerar a liberdade ou a escravidão. Tento não culpar e usá-la na direção da verdade e não ligada ao veneno emocional;
2° não levar nada para o lado pessoal. Levar para o lado pessoal é assumir que você concorda, é puro egocentrismo, nada do que os outros fazem é motivado por nós e sim por eles mesmos. Penso da seguinte forma, se alguém está bravo comigo, sei que está lidando consigo mesmo, sou a desculpa para a irritação, a expressão do medo, até porque sem ele não há motivo para sentir ansiedade, ciúme ou inveja;
3° não tirar conclusões. Temos a tendência de tirar conclusões sobre tudo. Mas o erro é que fazendo isso estamos interpretando segundo nossa ótica. Fazer presunções é pedir problemas, não podemos achar que todos têm a mesma crença. Ficamos com medo de pedir esclarecimentos, tiramos conclusões, acreditamos estar certos, depois as defendemos e tentamos tornar a outra pessoa errada. Também serve para quando esperamos demais do próximo, esperamos que os outros estejam dispostos a fazer o mesmo que nós, o que significa que você pode fazer algo grandioso por alguém mas nem por isso haja a disposição do outro para fazer algo semelhante;
4° dar sempre o melhor de mim. Seria colocar em prática os outros três.
Não criar expectativas foi o meio que arrumei para não me decepcionar.
Pois bem, estou vivendo...
2 comentários
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Unknown
19 de maio de 2009 às 22:29È que eu escrevi uma coisa errada no comentario, kkkkk, eu só queria dizer que a tristeza é um caminho pra evolução, a gente tem que passar por tristezas e decepção, eu não vou dizer o que vc tem que fazer ou que vc esta errada, apenas que um dia vc vai encontrar alguem q vai mostrar que as pessoas podem ser diferentes, q nem todo mundo é ruim, e isso vai acontecer no tempo certo, vc é uma das pessoas mais fascinantes que eu conheço, mais agora eu comecei a entender um pouco mais de vc, e sobre esse episodio, tudo vai acabar bem, como eu sempre digo.
Autor
- Amanda
- São Paulo, SP
- Sem definições precisas, sou contraditória e impulsiva, minimalista e inconstante, um tanto quanto bipolar. Sou dois opostos que repelem-se. Sou só mais alguém...
Embriague-se...
É preciso estar sempre embriagado.
Isso é tudo: é a única questão.
Para não sentir o horrível fardo do tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.
Mas de que?
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.
Mas embriague-se.
E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão:
É hora de embriagar-se!
Para não ser o escravo mártir do tempo, embriague-se;
embriague-se sem parar!
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.
Baudelaire
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18 de maio de 2009 às 13:24
Bravo! Acho que eu não poderia nem nunca diria algo melhor. A cada dia que passo, fico mais e mais espantado com a nossa "congruência" de ótica. rs.
Bom... Digo algo que tu mesmo me disseste. Não estás sozinha. Embora muitas vezes ficar sozinho é nosso refúgio. Parabéns minha doce amiga!