Simples e só!
30 de abril de 2009
A verdade, é que eu gostaria de escrever nesse momento qualquer texto ou poesia que fizesse com que sentisse-me melhor, porém, o único tema e sentido que condiz é a decepção, o desengano.
E o que poderia nomear como decepção? O insucesso da esperança, a desilusão, é você ter sonhos e por qualquer motivo alheio a sua vontade, eles sutilmente perderem-se, enfraquecerem diante das atitudes e circunstâncias que os cercam.
Decepção é você torturar-se por suas próprias vontades, elas distorcidas pela tristeza e dor que florescem perante toda a ilusão que cria-se, a idealização de sua mente que é fatal ou propositalmente ignorada.
Estar decepcionada é ter apenas e tão simplesmente uma revolta de anseios inatingíveis numa luta interminável dentro de si para que algum deles consiga sobressair-se, porém tendo ao mesmo tempo, a consciência de que todos caminham mórbidos em uma estrada que vai além da compreensão, que cairão no esquecimento e abatimento da alma de seu possuidor.
Por fim, estar decepcionada á não ter inspiração, não ter vontade de sorrir ou de falar, é fugir do mundo e abrigar-se num olhar distante e vago, vazio e negro, tenso e admiravelmente belo dentro de sua transparência e ao mesmo tempo do seu mistério.
É se ver sozinho.
Só
Johann von Goethe
26 de abril de 2009
Poetas não podem calar-se,
Querem às turbas mostrar-se.
Há de haver louvores, censuras!
Quem vai confessar-se em prosa?
Mas abrimo-nos sob rosa
No calmo bosque das musas.
Quanto errei, quanto vivi,
Quanto aspirei e sofri,
Só flores num ramo — aí estão;
E a velhice e a juventude,
E o erro e a virtude
Ficam bem numa canção.
Scarlet Rose
24 de abril de 2009
Questiono-me então: Ser forte é ter medo de encarar o passado? Receio de lembranças?
Cruz e Souza
19 de abril de 2009
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
Cruz e Souza
Álvares de Azevedo
10 de abril de 2009
Eu
Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sangüenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?
Cavaleiro, quem és? o remorso?
Do corcel te debruças no dorso.
E galopas do vale através.
Oh! da estrada acordando as poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?
Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?.
Tu escutas. Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?
Cavaleiro, quem és? - que mistério,
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?
O Fantasma
Sou o sonho da tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há de matar!.
Decipher
Invade em meio ao mistério, é perverso e inerente, ele inflama, fere, destrói, castiga, envenena, dilacera, mata, apaixona, vicia...
First
5 de abril de 2009
Sem definições estilísticas e éticas para meus conceitos, irei incitar dúvidas e descontentamento, o interesse em mudar mais do que aguardar, a inquietude, o desespero em assumir o presente intacto que são nossas vontades e valores.
Falar do que não conheço como se tivesse total entendimento, fazer com que acreditem em minhas palavras, persuadir...
Desconheço se haverão leitores, seguidores, porém, de certo estarei a contentar-me.
Tão somente escrevo, para que não sinta-me possuidora de um pensamento único, e que este em nenhum momento seja apreendido ou transmitido.
Meus desabafos...
Estou cansada da rotina, dos sons, dos carros e fumaças, vozes, gritaria, bagunça, deste tempo, da correria que invade todas as ruas, do trânsito! Me canso só de escrever e relembrar de tamanho ódio e desconforto.
Há momentos em que desejaria não estar presente nesta Cidade, que não houvessem lampejos de minha história, que não fosse automaticamente movida por manias e regras impostas desde minha consciência sagaz.
Estou cansada de mentiras, de agir e tentar confrontar meus medos e nada acontecer, de tentar mudar meu presente, e descobrir que tudo o que faço nada mais é do que um ato ingênuo e sem malícia perante o mundo, como se nada, sozinho ou pequeno, pudesse gerar uma mísera mudança na minha vida...
Como não poderia deixar de dizer, canso-me tão facilmente que além da sociedade, além das pessoas, dos trabalhos, programas, tecnologias, das religiões, além das cores e sorrisos, além de tudo, estou cansada de mim, minhas palavras, minha poesia...
Autor
- Amanda
- São Paulo, SP
- Sem definições precisas, sou contraditória e impulsiva, minimalista e inconstante, um tanto quanto bipolar. Sou dois opostos que repelem-se. Sou só mais alguém...
Embriague-se...
É preciso estar sempre embriagado.
Isso é tudo: é a única questão.
Para não sentir o horrível fardo do tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.
Mas de que?
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.
Mas embriague-se.
E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão:
É hora de embriagar-se!
Para não ser o escravo mártir do tempo, embriague-se;
embriague-se sem parar!
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.
Baudelaire
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