Introspective: janeiro 2010

O Pianero

4 de janeiro de 2010

As vezes temos ao nosso lado pessoas de infinitas grandezas, inúmeras qualidades, pessoas que são tão boas que nunca pensamos na possibilidade de nos afastarmos.
Por muitas vezes elas nos ajudam, nos aconselham, estão sempre por perto e sempre dispostas a fazer o que puderem pelo próximo sem nunca se preocuparem com reciprocidade.
Eu tive a oportunidade de conhecer alguém assim e sempre terá Seu lugar em meus pensamentos.
Esse de quem falo só precisou me dizer algumas palavras, após isso se tornou tão especial que não poderia expressar, palavras tão sinceras, tão simples, palavras essas que nunca me abandonaram. Sem saber qual era o motivo de minha tristeza, sem saber quais eram meus problemas, essa pessoa disse tudo o que eu precisava ouvir e sem saber me ajudou de uma forma que ninguém mais o fez, acreditou em mim quando nem eu mesma acreditava.
Hoje foi o dia em que eu tive o conhecimento da "perda" desse alguém, ainda não acredito...
A forma como aconteceu...
A pessoa...

Nunca tive a oportunidade de agradecer pelas palavras, nunca da forma como eu deveria. Mais uma vez tenho a comprovação de que quando temos que falar algo para alguém não podemos deixar o tempo passar, nem esperar para um próximo momento.
Posso dizer que perdi a oportunidade de dizer o que gostaria mas jamais a felicidade ao ver essa pessoa e saber que acreditava em mim.

Agradeço por ter tido a honra de conhecê-lo, era ótimo como pessoa, músico, amigo.
Agradeço por tudo.

"This flag is battletorn, we rule the night
We conquered by the sword, we rule the night
From the dark to the light we roar like a thunderstorm,
We rule the night
Our sacred race was born, we rule the night
Immortal dogs of war, we rule the night
And we stand by the oath we swore
Till the last ones falls, we rule the night"

Ten - We Rule The Night

Ricardo Almeida - O Pianero ( In Memorian )

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Embriague-se...

É preciso estar sempre embriagado.
Isso é tudo: é a única questão.
Para não sentir o horrível fardo do tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.
Mas de que?
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.
Mas embriague-se.
E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão:
É hora de embriagar-se!
Para não ser o escravo mártir do tempo, embriague-se;
embriague-se sem parar!
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.

Baudelaire

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