Once upon a time...
21 de março de 2011
Passaram-se meses desde o ocorrido,
E pela primeira vez, despertei.
Ainda com os olhos fechados podia sentir que não esperava mais encontrar você ao meu lado,
As memórias já eram distorcidas, a dor suportável e, raramente, a apossar-se de mim.
Era domingo, chovia...
Outrora, o tempo ideal para nós.
Pensei em sair, conversar sobre futilidades,
Desisti!
Havia encontrado uma velha caixa guardada, resolvi revê-la, quisera eu ter saído.
Havia fotos, objetos, havia toda uma história.
Ainda encontrei ingressos usados, folhas rasgadas, cartas...
E lembrei-me...
De momentos, de parques, de cinemas, de tardes, noites, madrugadas,
Lembrei-me de uma pessoa que não era há muito tempo.
Não sabia o que era pior, a dor por lembrar que aquela pessoa havia ido embora,
Ou o fato de não conseguir sentir sua falta.
Deitei-me, fechei novamente os olhos, pensei...
Já não sentia sua presença ou necessidade,
Os sorrisos que um dia refletiram minha "alegria", já não pertenciam a minhas recordações, havia esquecido de como eram,
Os olhos brilhantes... também não lembrava,
As risadas... parecia outra vida,
As palavras...sim, as palavras foram as únicas coisas de que consegui lembrar-me,
Mas não tinham mais sentido ou relevância,
Mesmo as mágoas não surtiam efeito.
Nada mais era como antes, eu não conseguia sentir, havia tornado-me frígida e impiedosa.
Tudo o que um dia foi belo, foi importante, foi partilhado e desejado, tudo... perdeu-se.
Esqueci-me de como sorrir com gratidão, com satisfação, com verdade e autenticidade,
Esqueci-me de como demonstrar... escondia-me atrás de muros, distante de todos, ninguém podia aproximar-se.
O que um dia foi amor, perdeu-se na amplitude e vastidão do tempo...
Assim como a caixa, estava meu coração, fechado, escondido e cheio de sentimentos dispersos e sem vida.
E pela primeira vez, despertei.
Ainda com os olhos fechados podia sentir que não esperava mais encontrar você ao meu lado,
As memórias já eram distorcidas, a dor suportável e, raramente, a apossar-se de mim.
Era domingo, chovia...
Outrora, o tempo ideal para nós.
Pensei em sair, conversar sobre futilidades,
Desisti!
Havia encontrado uma velha caixa guardada, resolvi revê-la, quisera eu ter saído.
Havia fotos, objetos, havia toda uma história.
Ainda encontrei ingressos usados, folhas rasgadas, cartas...
E lembrei-me...
De momentos, de parques, de cinemas, de tardes, noites, madrugadas,
Lembrei-me de uma pessoa que não era há muito tempo.
Não sabia o que era pior, a dor por lembrar que aquela pessoa havia ido embora,
Ou o fato de não conseguir sentir sua falta.
Deitei-me, fechei novamente os olhos, pensei...
Já não sentia sua presença ou necessidade,
Os sorrisos que um dia refletiram minha "alegria", já não pertenciam a minhas recordações, havia esquecido de como eram,
Os olhos brilhantes... também não lembrava,
As risadas... parecia outra vida,
As palavras...sim, as palavras foram as únicas coisas de que consegui lembrar-me,
Mas não tinham mais sentido ou relevância,
Mesmo as mágoas não surtiam efeito.
Nada mais era como antes, eu não conseguia sentir, havia tornado-me frígida e impiedosa.
Tudo o que um dia foi belo, foi importante, foi partilhado e desejado, tudo... perdeu-se.
Esqueci-me de como sorrir com gratidão, com satisfação, com verdade e autenticidade,
Esqueci-me de como demonstrar... escondia-me atrás de muros, distante de todos, ninguém podia aproximar-se.
O que um dia foi amor, perdeu-se na amplitude e vastidão do tempo...
Assim como a caixa, estava meu coração, fechado, escondido e cheio de sentimentos dispersos e sem vida.
Autor
- Amanda
- São Paulo, SP
- Sem definições precisas, sou contraditória e impulsiva, minimalista e inconstante, um tanto quanto bipolar. Sou dois opostos que repelem-se. Sou só mais alguém...
Embriague-se...
É preciso estar sempre embriagado.
Isso é tudo: é a única questão.
Para não sentir o horrível fardo do tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.
Mas de que?
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.
Mas embriague-se.
E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão:
É hora de embriagar-se!
Para não ser o escravo mártir do tempo, embriague-se;
embriague-se sem parar!
De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser.
Baudelaire
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21 de março de 2011 às 23:15
Comigo já aconteceu algo parecido. A caixa, as cartas, fotos, toda uma época!
Mas o sentimento, não.
E o que eu fiz? Queimei tudo!
Eu sou contra se desfazer de cartas, de lembranças, acho tão relíquias.. mas não pensei, queimei e não me arrenpendi!
Tudo ficou melhor depois disso! Mesmo! Até conheci o Rapha! E o resto da história vc sabe.. rs
Iniciei outro once upon a time...